— Falavam que eramos fofos juntos.
— Fofura nunca alimentou nada.
— Mas já me disseram que com amor tudo se supera.
— “Por” amor tudo se supera …
— E a gente não tinha isso?
— Isso e mais um pacote de dores.
— Se fosse como o pacote de Rufles, tudo bem.
Ambos riem. Ela o olha com um sorrisinho de lado e depois de um curto suspiro, indaga:
— É … Mas no nosso caso a dor era o ar e o amor, as poucas batatinhas que restavam.
— Mas são as batatinhas que pesam.
— Mas é o ar que enche.